O Instituto Formar de Aprendizagem Profissional foi criado como Guarda Mirim de Piracicaba, por meio da lei municipal de autoria do vereador Armando Pizelli, em 1962. No entanto, tornou-se realidade apenas em 1966, depois de aprovadas, dois anos antes, modificações em nova proposta parlamentar do vereador Rubens Leite do Canto Braga, atual vice-presidente da entidade. Foi apenas em 1966 que a entidade foi formalmente instalada e selecionados os primeiros 29 adolescentes que a comporiam.
Na época, o lema trazido pelo primeiro comandante, Frederico Ciappina Netto, e mantido ao longo dos anos, foi “A disciplina é a base fundamental de todas as coisas. É a nossa base”. A prioridade da instituição era abrir novas possibilidades de educação e cuidados a crianças entre os 12 e 14 anos, faixa etária ampliada, já em 1966, para 12 a 16 anos.
As primeiras turmas de garotos desenvolveram trabalhos prioritariamente no auxílio ao trânsito local, como guias turísticos e mensageiros. Aos poucos, foram incluídos também no serviço a bancos e estabelecimentos comerciais, assim como entre indústrias que abriam significativo número de vagas para acolhê-los em jornadas de até 8 horas de trabalho.
A música foi uma das alternativas a eles oferecida para seu desenvolvimento, sendo incentivada a participação em sua banda e coral, ainda na década de 1970. Paralelamente, dos guardas-mirins exigia-se bom desempenho escolar e lhes era oferecida assistência médica, odontológica e alimentação. O percentual do salário mínimo vigente à época, que também recebiam, era muitas vezes de extrema necessidade para manutenção da família. Em 1979 foi criado o Departamento Feminino da Guarda Mirim, quando foram selecionadas 39 meninas e, desde então, a entidade passou a atender adolescentes de ambos os sexos.
A partir da década de 1980, a instituição entrou em um processo de transformação, atendendo às novas exigências indicadas pela aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que introduziu o impedimento de que crianças com menos de 16 anos pudessem trabalhar.
Em 2012, transformou-se em Instituto Formar, onde atualmente são atendidos cerca de 600 adolescentes. Hoje, o Instituto Formar de Aprendizagem Profissional tem seu conceito baseado na formação de cidadãos e na socioaprendizagem, por meio da inserção no mundo do trabalho e no ambiente corporativo das empresas e indústrias.
Na instituição, os aprendizes também podem participar de aulas de arte e cultura e aprender a tocar gratuitamente violão, teclado e os instrumentos que compõem a Banda Musical João Romeu Pitoli.